sábado, 15 de fevereiro de 2014

Desejos e Sexo na Terceira Idade



A sexualidade do indivíduo é exclusiva, cada um pode amadurecer o seu próprio erotismo independente de um parceiro ou parceira. Pode até dividir, compartilhar suas sensações, mas percebendo sempre que a vida sexual é responsabilidade própria, permeada pelos seus conceitos e tabus. É muito comum, casais culpando seus cônjuges por suas falhas sexuais, insatisfações e frustrações. 
Causas freqüentes de problemas sexuais são de ordem advinda da falta de educação e orientação sexual ao adolescente e adulto jovem, também a presença constante de repressões ao erotismo individual. O indivíduo tende a se esconder de sua sexualidade. Algumas dicas importantes: Não se acomode em um sexo rotineiro, busque em suas lembranças o que fazia seu parceiro feliz, acaricie o corpo de seu parceiro, use a criatividade e deixe suas fantasias se exteriorizarem, dê tempo a você para rever as razões de excluir uma vida sexual prazerosa de sua vida. 
Muitos idosos, por serem de uma geração em que sexo era tabu possuem muitas interferências da cultura, com questões morais, sociais, religiosas e legais. O assunto geralmente não é discutido depois de certa idade e os problemas com a saúde são relacionados quase sempre exclusivamente ao envelhecimento e doenças decorrentes. O idoso sente-se discriminado e envergonhado por exporem sua intimidade sexual ativa e, talvez em decorrência desse tabu, não falam, não lidam bem com a questão da sexualidade. 
A atividade sexual ajuda a manter os órgãos sexuais saudáveis e não há nada de errado ou de vergonhoso em manter uma freqüência alta de relações sexuais nesta idade, se for do desejo destes.  O que em geral ocorre é que as necessidades vão se alterando com o passar dos anos: durante a vida adulta, várias relações sexuais podem ser necessárias para alguém se satisfazer, enquanto que, para o idoso, o mesmo grau de satisfação pode ser alcançado com menor número de relações sexuais. Também podem ocorrer impedimentos (físicos e emocionais), próprios de qualquer idade para liberação do desejo sexual, os quais merecem investigação e tratamento por especialista. 
O homem tem a ejaculação durante toda a vida, mas com o avanço da idade há diminuição na quantidade de esperma expelido e esse jato ejaculatório torna-se menos intenso do que foi em idades anteriores, isto não significa diminuição de prazer. Nas mulheres, as alterações hormonais comuns ao climatério e à menopausa são significativas, podendo gerar dificuldades sexuais, havendo menor lubrificação vaginal, por exemplo, pode ocorrer dificuldade em atingir o orgasmo, no entanto, com tratamento médico adequado e maior atenção às preliminares e à qualidade das carícias, a idosa não deixa de ter interesse e prazer sexual, apenas deixa de ser fértil.  
È importante cultivarmos o tão falado e pouco refletido "envelhecer com qualidade", que inclui: cuidar de fatores prejudiciais à saúde geral; perceber as mudanças do organismo e da mente como algo natural e esperado; procurar ajuda do parceiro e/ou de especialista para o merecido exercício (saudável e prazeroso) da sexualidade na 3ª idade. A psicoterapia pode ajudar resgatando através dos recursos internos, a perspectiva de uma valorização pessoal, desta forma “abrindo portas” para que a autoconfiança torne-se evidente e então o idoso se sinta capaz e merecedor de gozar do direito de ser feliz e ter uma vida sexual plena.

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